JECA TATU E JUCA MULATO: DUAS FACES DA MESTIÇAGEM BRASILEIRA

Uryel Gabrielle Miranda, Marcelo Brum Lemos

Resumo


A população brasileira apresenta como uma de suas principais características a miscigenação decorrente da convergência de distintas raças e etnias, aspecto amplamente retratado e explorado na literatura nacional desde a publicação daquele que viria a ser conhecido como o primeiro texto literário do Brasil. Porém, o produto resultante desse encontro, ou seja, o surgimento de um novo contingente humano de origem mestiça, não foi bem-visto por indivíduos pertences à sociedade letrada do século XX, período correspondente ao Pré-Modernismo brasileiro e a períodos anteriores. Influenciados por um pensamento de cunho positivo-cientificista recorrente naquela época, apresentaram o mestiço como pertencente a uma sub-raça, por não trazer em si a completude das características observadas em indivíduos pertencentes às matrizes étnico-raciais que lhe deram origem. Jeca Tatu e Juca Mulato, nesse contexto, são apresentados como dois expoentes de uma literatura marcada pela influência de correntes deterministas no que se refere à mestiçagem e as suas implicações.


Palavras-chave


Determinismo Racial; Literatura brasileira; Mestiçagem; Pré- Modernismo.

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