O IMPACTO DA POLÍTICA FISCAL NA RECESSÃO DE 2014

André Guilherme Bassani Cavallin, Matheus Filipe Assis Padilha, Paulo Henrique dos Santos Grochowicz, Pedro Patino Cruzatti de Azevedo, Carlos Ilton Cleto

Resumo


O presente trabalho objetivou analisar a política de gastos do governo brasileiro no período de 2002 a 2018 com o intuito de estabelecer qual foi o seu impacto na crise que perdurou de 2014 a 2016. Para isso foi realizada uma análise da ótica da demanda do PIB para demonstrar como a condução descompassada entre política fiscal e monetária, seguindo a ótica de Tingerben, gerou um desequilíbrio entre a oferta e a demanda agregada. Isso se deu principalmente com a redução na formação bruta de capital fixo, que tornou defasada a infraestrutura produtiva nacional, e com o aumento do consumo das famílias, através de políticas expansionistas. Também foi abordada a forma como a flexibilização do tripé macroeconômico permitiu reduções gradativas na taxa de juros como forma de ancorar os gastos governamentais atrelados à emissão
de títulos. No que tange a trajetória de gastos públicos, foram analisados os principais projetos e planos criados, com um enfoque especial para o papel da política de preços do setor elétrico no agravamento do desequilíbrio fiscal. Como resultado da condução da política fiscal, foi analisada a dívida pública, seu perfil e o impacto do seu crescimento na capacidade do governo brasileiro de suprir demandas e realizar investimentos. Conclui-se, portanto, que o excesso de gastos e a falta de planejamento para as forças motrizes que impulsionariam o crescimento brasileiro, tiveram um impacto significativo na crise de 2014 e no período de estagnação subsequente.


Palavras-chave


Política fiscal. Dívida pública. Recessão.

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