A PAUTA EXPORTADORA BRASILEIRA E A DEPENDÊNCIA DE COMMODITIES A PARTIR DE 2005
Resumo
O aumento de produtos primários pelo lado exportador na balança comercial pode acarretar problemas no desenvolvimento do país, pois, ao se tornar dependente desses produtos, paralelamente concomita-se a vulnerabilidade às variações dos preços internacionais, vide a alta competitividade no mercado internacional de commodities. Outrossim, devido à escassez na diversificação da pauta, e por ser apenas um tomador de preço no comércio internacional, a nação torna-se frágil, podendo sofrer com choques externos e variações de preços repentinos que afetarão sua economia. Para verificar se houve aumento no crescimento das exportações de commodities na balança comercial brasileira, entre 2005 e 2022, procedeu-se à pesquisa bibliográfico-exploratória das teorias que auxiliam na compreensão das relações internacionais, de sua história e das características do setor exportador brasileiro. Por meio da análise dos dados levantados, foi observado que, no período, a participação dos setores agropecuário e extrativo, em conjunto, aumentou em 26,5% sua contribuição nas exportações brasileiras, enquanto a indústria de transformação apresentou queda de 25%. Do mesmo modo, foi identificado que soja, minério de ferro e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (crus) constituem as três principais commodities exportadas pelo país, representando, em 2022, pouco mais de 35% do total exportado. Por outro lado, os principais produtos da indústria de transformação, a saber: carnes de aves e suas miudezas, farelo de soja e açúcares e melaço, representaram no mesmo ano somente 9,2% do total exportado. Logo, conclui-se que, houve aumento das exportações de commodities em detrimento dos produtos com maior valor agregado.
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